Nós sabemos o que fizemos verão passado pt.2
Deu-se que em questão de três horas e trinta minutos estávamos os quatro na erma rodoviária de Águas de São Pedro, esmeramente contrária à de onde viemos (Tietê). Eu, que não era marinheiro de primeira viagem naquelas terras nada inóspitas, ostentava a idéia de que a estação se dava por vazia pois não havia necessidade de deixar tal paraíso. St. Peter é praticamente uma cidadela do descanso e da distensão e seus cidadãos valentes guerreiros da folia discreta. Mas para os mais insólitos aquilo era só uma rua deserta, provida de uma delegacia à esquerda da rodoviária e um ponto de táxi ao outro lado da via.
Como estávamos cheios de bagagem e nosso destino era periférico ao centro da cidade em uns 300 metros acima e adiante, fomos encontrar o taxista. Antes disso, com o aprazimento de todos, eu e Gordo fomos ao mercado comprar carvão para a churrascada inaugural, provida também de vodka de pura qualidade, muito diferente da que costumávamos beber no "pombal" (o rally point dos embriagados que diziam estudar no Rainha dos Apóstolos), e claro, cerveja à vontade. Fuseri e Master cuidaram das malas e travesseiros pelo tempo de minha ausência.
Abundados de provisões para as 2 refeições diárias que teríamos na data de chegada, abastecemos o Del Rey do motorista Edvaldo com nossas ninharias e pela bagatela de 5 reales saímos do carro já em frente à residência. Em mais trinta minutos tínhamos acabado de arrumar tudo e estávamos prontos para a diversão, que não demorou muito a chegar.
Se uma mente vazia está de estômago vazio as pessoas começam a cagar pela boca. Para evitar isso abrimos a primeira cerveja gelada {ainda quente (mas não lembro que alguém tenha colocado-as de volta na geladeira azul que enfeitava o "salão de festas", a ala da churrasqueira)} e eu me sagrei o tiozão do churrasco pelo tempo que estivemos lá. Novamente uma alusão à sociedade perfeita, onde todos trabalham harmoniosamente em busca do bem próprio e estatal. Incrível, toda viagem entre amigos tem essa semelhança. Mas voltando aos fatos, comemos e bebemos e sinos tocaram (literalmente) para comemorar a liberdade. Primeiro churrasco: OK! O segundo veio na noite do primeiro dia. Estávamos todos bêbados, curando a ressaca na piscina. “Meu Deus - pensei eu - fazer churrasco é muito fácil... A foda é abanar a churrasqueira pro carvão pegar e ainda por cima ter de fazer isso bêbado”.
Segundo churrasco: OK! Hora de se retirar do espaço da piscina e ir para dentro da casa. O interior nos providenciou insetos que sugavam nosso sangue sem pudor. Pareciam verdadeiros vampiros. E por falar em vampiros, os morcegos eram irritantes em alguns momentos. E por continuar falando em vampiros, eu havia me dado conta logo no segundo dia, após o café da manhã, que éramos (e talvez ainda sejamos) tão viciados em álcool quanto Bela Lugosi era viciado em morfina. Sobrevivemos ao segundo dia normalmente. Fuseri atentara contra o ventilador, Fuser abanara demais a churrasqueira e sofreu demais as ondas de calor, Master estava guardado em pensamentos e Gordo continuava sendo o Gordo e logo foi apelidado de Rei do Besta (Em uma história trágica de um besouro que perdera todas as suas patas em prol da idiotice alheia). Percebe-se que estávamos lesados.
Mas sobrevivemos ao quarto dia, o sexto e último churrasco (este provido a frango temperado na cerveja, minha especialidade). O perigo viria mais à noite, quando a TV quis nos matar a risos. Não sei se era efeito do álcool, mas aquela noite João Kléber era engraçado, nordestinos eram engraçados, e nordestinos que iam a programas de forró da programação local eram (não, não eram engraçados... eles eram...) hilários! (Um deles inclusive dizendo que o filme Godzilla devia ter seu nome adaptado para "Eita Calangão Medonho!"). Brilhante! Foi um fim de festa sensacional. Tão sensacional que este texto não tem nexo nem significado, pois venho escrever aqui no mesmo estado em que estava lá, e a grande verdade é que não consigo me lembrar de muita coisa.
Enfim, no último dia almoçamos um spaghetti ao molho vermelho com atum. Chamamos o Edvaldo para nos levar de volta à rodoviária e nos focamos em voltar para São Paulo, pois sem concentração não conseguiríamos. Uma aventura e tanto, mas bem que eu errei no título. Afinal de contas, acho que não sabemos tão bem assim o que fizemos verão passado... Se este texto não serviu para nada, então Feliz verão em 2006, e vá se embebedar.
Como estávamos cheios de bagagem e nosso destino era periférico ao centro da cidade em uns 300 metros acima e adiante, fomos encontrar o taxista. Antes disso, com o aprazimento de todos, eu e Gordo fomos ao mercado comprar carvão para a churrascada inaugural, provida também de vodka de pura qualidade, muito diferente da que costumávamos beber no "pombal" (o rally point dos embriagados que diziam estudar no Rainha dos Apóstolos), e claro, cerveja à vontade. Fuseri e Master cuidaram das malas e travesseiros pelo tempo de minha ausência.
Abundados de provisões para as 2 refeições diárias que teríamos na data de chegada, abastecemos o Del Rey do motorista Edvaldo com nossas ninharias e pela bagatela de 5 reales saímos do carro já em frente à residência. Em mais trinta minutos tínhamos acabado de arrumar tudo e estávamos prontos para a diversão, que não demorou muito a chegar.
Se uma mente vazia está de estômago vazio as pessoas começam a cagar pela boca. Para evitar isso abrimos a primeira cerveja gelada {ainda quente (mas não lembro que alguém tenha colocado-as de volta na geladeira azul que enfeitava o "salão de festas", a ala da churrasqueira)} e eu me sagrei o tiozão do churrasco pelo tempo que estivemos lá. Novamente uma alusão à sociedade perfeita, onde todos trabalham harmoniosamente em busca do bem próprio e estatal. Incrível, toda viagem entre amigos tem essa semelhança. Mas voltando aos fatos, comemos e bebemos e sinos tocaram (literalmente) para comemorar a liberdade. Primeiro churrasco: OK! O segundo veio na noite do primeiro dia. Estávamos todos bêbados, curando a ressaca na piscina. “Meu Deus - pensei eu - fazer churrasco é muito fácil... A foda é abanar a churrasqueira pro carvão pegar e ainda por cima ter de fazer isso bêbado”.
Segundo churrasco: OK! Hora de se retirar do espaço da piscina e ir para dentro da casa. O interior nos providenciou insetos que sugavam nosso sangue sem pudor. Pareciam verdadeiros vampiros. E por falar em vampiros, os morcegos eram irritantes em alguns momentos. E por continuar falando em vampiros, eu havia me dado conta logo no segundo dia, após o café da manhã, que éramos (e talvez ainda sejamos) tão viciados em álcool quanto Bela Lugosi era viciado em morfina. Sobrevivemos ao segundo dia normalmente. Fuseri atentara contra o ventilador, Fuser abanara demais a churrasqueira e sofreu demais as ondas de calor, Master estava guardado em pensamentos e Gordo continuava sendo o Gordo e logo foi apelidado de Rei do Besta (Em uma história trágica de um besouro que perdera todas as suas patas em prol da idiotice alheia). Percebe-se que estávamos lesados.
Mas sobrevivemos ao quarto dia, o sexto e último churrasco (este provido a frango temperado na cerveja, minha especialidade). O perigo viria mais à noite, quando a TV quis nos matar a risos. Não sei se era efeito do álcool, mas aquela noite João Kléber era engraçado, nordestinos eram engraçados, e nordestinos que iam a programas de forró da programação local eram (não, não eram engraçados... eles eram...) hilários! (Um deles inclusive dizendo que o filme Godzilla devia ter seu nome adaptado para "Eita Calangão Medonho!"). Brilhante! Foi um fim de festa sensacional. Tão sensacional que este texto não tem nexo nem significado, pois venho escrever aqui no mesmo estado em que estava lá, e a grande verdade é que não consigo me lembrar de muita coisa.
Enfim, no último dia almoçamos um spaghetti ao molho vermelho com atum. Chamamos o Edvaldo para nos levar de volta à rodoviária e nos focamos em voltar para São Paulo, pois sem concentração não conseguiríamos. Uma aventura e tanto, mas bem que eu errei no título. Afinal de contas, acho que não sabemos tão bem assim o que fizemos verão passado... Se este texto não serviu para nada, então Feliz verão em 2006, e vá se embebedar.
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