sexta-feira, dezembro 09, 2005

Nós sabemos o que fizemos verão passado pt.1

Se nossa memória fosse curta a ponto de nos vermos obrigados a escolher os momentos que não gostaríamos de esquecer, qualificaria em meu repertório de lembranças uma viagem que fiz com a patota para o âmago de São Paulo, onde a baiquara puxa com força os “R’s” de interior.
Waters of Saint Peter, praticamente a Birigui do interior de São Paulo (depois, é claro, da própria Birigui, mundialmente conhecida como a Capital Nacional do Calçado Infantil), tornou-se a sede de nossa aventura Brasil adentro em pleno janeiro de 2005.

Paro aqui para criar o clima clichê de vários filmes que contam estórias de amiguinhos que vão viajar...:
Nosso QG - Uma casa/sítio húmilmente oferecida por minha tia.
O plano – Passar 5 dias fora de São Paulo com amigos(as), álcool, churrasco e música.
Hora na estrada – 3 p’ra í, 3 p’ra volta.
A verba – Em média 125 reales por cabeça, sendo que 50 deles destinados ao...
Transporte – Ônibus (Viação São Paulo São Pedro LTDA)
Vidas em risco – Agora vou quebrar o lugar-comum, pois neste caso em particular houve muita peculiaridade.

No começamento, quando a viagem nem fazia as malas para sair do papel, cogitei vários nomes. Não preciso dizer que 2+2=4, então, logicamente, convidei Master. Seguindo o raciocínio de que os bons amigos devem se fazer presentes nos bons momentos (e nos ruins também, caso contrário não seriam amigos tão bons), convidei Fuseri (que irá debutar nos Epítetos Espiclondríficos... e, por favor, não o confundam comigo, Fuser), que aceitou de prontidão a invitação. O terceiro reforço no time que entraria em campo era ninguém menos que Baianão (outro que ainda vai perder o cabaço por aqui), mas por força do destino ele se lesionou e passou as férias fazendo tratamento em Atibaia, onde se recuperou da contusão, mas é obrigado a voltar todos os fins de semana para precatar-se.
Para fechar a lista da lingüiça um nome entre os reforços não podia faltar (diga-se de passagem, um nome de peso). O que seria da vida sem ele? Fonte de inspiração para milhões (ou dois, sendo que les deux postam aqui), GORDO, como é conhecido dentro e fora deste espaço virtual, é uma pessoa austera na amizade mas brando no humor. Combinação melhor não há (tirando, claro, o mein liebling: whisky on the rocks). Mesmo sendo motivo de chacota nos momentos de descontração, seu ânimo em manter-se de bom humor é tão ou mais difícil de derrubar quanto ele próprio. Infelizmente Gordo não sabia se iria ou não, e ficou de retornar a ligação.
Com o time dos homens formados e até afim de fazer um barato estilo “Programas de TV do Celso Portiolli”, chamamos algumas garotas para o passeio... Senza l'impegno, diriam meus ancestrais. Queríamos apenas algumas amizades com seios em Saint Peter. Conseguimos o que “queríamos”... As meninas recusaram a proposta, mas em compensação o Gordo retornou a ligação aceitando o convite, e ele tem seio pra mais de metro... (Peço desculpas pelos termos pejorativos às meninas que convidei, pois elas podem até pensar que as convidei por motivos diferentes do real, mas em ordem de trazer mais jocosidade ao texto não pude resistir... Caso as desculpas não sejam aceitas creio ter criado dois inimigos mortais: As meninas e o Gordo).
De malas prontas partimos no domingo do dia 08/01/05. Apesar de embarcar apenas com a metade do plantel esperado, Fuser, Master, Fuseri e Gordo iam ao encontro de uma viagem que ficaria guardada nos anais da história, e eles mal sabiam disso...(continua)