quinta-feira, outubro 13, 2005

The Worst Matrix Error Ever pt.1 (ou como me tornei Mestre)

Os erros da Matrix são uma constante na vida humana. Analistas dizem que eles existem desde que o mundo é mundo, mas só ganharam o reconhecimento devido em 1999. Porém, certos erros são tão bizarros, tão hediondos, que certamente mudam toda uma concepção natural de mundo.

Esse fato tem-se início na longiqua Guaratinguetá, onde eram realizados o XII (ou XIII na contagem extra-oficial) Jogos Universitários de Comunicação e Artes, também conhecido como JUCA. Era uma quinta-feira gelada de Maio, onde alguns poucos presentes se encontravam no muquifo apelidado de república para estudantes. Era um ambiente rodeado por substâncias ilícitas e por pessoas tão excentricas que fariam Hunter S. Thompson se revirar na cova.

O pequeno grupo de pessoas contabilizava em 7 indivíduos, nenhum em estado formidável de pensamento. Estavamos lá por uma causa nobre: esperar um dos nossos parceiros chegar ao recinto para irmos à balada. Enquanto viajamos por causa dos gritos estridentes de Janis Joplin, cujo cd tocava num carro misterioso do lado de fora da casa - bom, a verdade é que ninguém teve forças para ir lá ver de quem era -, ficávamos fisicamente inertes, com os pensamentos para si. Até que resolveram conversar sobre uma bobagem qualquer. Num nível de demência sem tamanho, começamos a falar sobre um mundo utópico regido por engradados de cerveja e afins (um lugar melhor para se viver, diga-se de passagem, mas isso é tema para um outro tópico). Mas, pouco tempo depois, nossa conversa encerrou-se e tivemos que voltar àquela situação constrangedora anterior, só que sem um som ambiente para embalar nossas cabeças.

Então, eis que, repentinamente, o som de uma gaita rompe o silêncio. As teorias não demoram a aparecer. Será um fantasma? Será o espírito de um prisioneiro de Alcatraz? Será Bill, depois de abandonar sua flauta e as espadas Hattori Hanzo? Provavelmente não, pois um dos residentes logo revelou ser o autor da melodia, mostrando sua pequena harmônica. Porém, isso em nada alegrou as nossas almas. "É nessas horas que dou valor a um PLaystation com Winning Eleven", disse um dos presentes. "Até tinhamos, mas emprestamos pra uns caras aí", salientou o residente da casa. Realmente era uma quinta-feira estranha de Maio. Mas isso era só o começo da noite... (continua)