"A melhor safra do Rock n' Roll"
É muito fácil ser fã de uma banda. É mais fácil ainda ser fã de um movimento, e o difícil (nesse caso) é ser fã de uma banda que representa um movimento composto por várias bandas. Mas eu conheço (e sou fã) de uma banda dessas.
Antes de começar este relato quero deixar claro que o que vou depor aqui não é jabá. Jabá, para quem ainda não se familiarizou com os termos peculiares dos veículos de comunicação, é o famoso e (im)popular “qué (sic) pagá (sic) quanto?” (sic significa escrever errado de propósito). O jabá é a famigerada propaganda... Quem paga mais é anunciado... mas não vou entrar nos detalhes e só queria deixar claro que este levantamento é o de um fã, e não o de um vendido.
Eu admiro os anos 60, que é o movimento em questão, e nos tempos áureos de 2004 conheci a banda de (só podia) rock n’ roll Vintage Box, que possui o melhor repertório dessa década de ouro (talvez mais dourado no sentido musical que no histórico, sendo que o primeiro embalou e deu vários problemas pro segundo via questionamento de direitos humanos).
"Mas tocar covers clássicos é fácil, Fuser!" é o que me dizem. Realmente, músicas que ficam ternizadas são as mais tocadas... causa e conseqüência... “TOCA RAÚL”... isso tudo é verdade, mas na hora da presença de palco a V. B. coloca essas “bandas tributo”no chinelo.
E já que estamos falando em palco, e voltando para 2004, a primeira vez que os ouvi foi num (só podia) bar-boteco que nem palco tinha. E nem mesa tinha no bar, porque as sextas-feiras eram tão quentes com a Vintage Box que as pessoas invadiam as ruas da esquina da Lacerda com a Basílio. De repente aquilo virou um rito, e quando eu não ia nesse bar (Aclimação Bar & Chopperia) às sextas era porque eles não iam tocar lá ou porque pintava uma daquelas festas horrorshow no pombal. Mas esse tipo de festa era facilmente transferido para os sábados, e a banda tinha que dividir as atenções com outros públicos, como Campinas, Alfenas e Vinhedo.
Antes de fechar o ano o PSIU (órgão regulador da baderna sonora) fechou as portas da Vintage no Aclimação, e eu (ou melhor) e nós (porque eu tive que mostrar a sensação pros camaradas) ficamos órfãos da boa música e do bom humor. Fim de história, aquele bar nunca mais foi o mesmo (e isso não é o tipo de coisa que te impede de continuar indo no bar), e com uma certa freqüência ainda era possível ouvir um bom blues em baixo som. Cult, mas não é rock!O último gathering deles lá na Lacerda foi em 2005 (estilo Beatles no telhado, tirando a parte do telhado). Novembro. Nunca mais outra vez...
...Isso até sábado do dia 15 de abril, 2006. Não me contive, fui num bar/arqueria em Moema, onde atualmente a banda se apresenta mensalmente. Véspera de Páscoa e a ressurreição acontecendo na minha frente. Isso porque o Fabito (bateria) lembrava de mim nos tempos de Aclimação; o Siri (baixo) estava no melhor estilo Reginaldo Rossi; o César (base/vocal) fazia anos no exato dia e o Perna (vocal/solo)... ah, o Perna (solo/vocal) estava muito alcoolizado.
Foi uma noite inesquecível e um show de arregaçar que contou com o melhor do Rock internacional dos anos 60 e a MPB da década idem. É aquele negócio... presença de palco é tudo... O Perna afirmava a cada intervalo de três músicas que foi eleito o homem mais bonito do Brasil (e mostrando um medalhão que comprova o prêmio), deixando na condição de vice o lendário Sidnei Magal himself. Além disso afirma a condição de chifrudo em todo show, e leva na bagagem justificativas como: “Melhor comer doce com dez que comer merda sozinho”. Não se espera mais de quem declara seu estado civil como: "Corno apaixonado".
Depois de se abrir ao público, a banda faz uma saideira do mesmo naipe, cantando “Garçom”, e no meio de tanta seriedade na música e brincadeira na apresentação a Vintage Box eterniza mais um show. Mais um que estive presente com prazer, e pude ver a banda fazer carnaval fora de época. Fora de época 40 anos depois.
Antes de começar este relato quero deixar claro que o que vou depor aqui não é jabá. Jabá, para quem ainda não se familiarizou com os termos peculiares dos veículos de comunicação, é o famoso e (im)popular “qué (sic) pagá (sic) quanto?” (sic significa escrever errado de propósito). O jabá é a famigerada propaganda... Quem paga mais é anunciado... mas não vou entrar nos detalhes e só queria deixar claro que este levantamento é o de um fã, e não o de um vendido.
Eu admiro os anos 60, que é o movimento em questão, e nos tempos áureos de 2004 conheci a banda de (só podia) rock n’ roll Vintage Box, que possui o melhor repertório dessa década de ouro (talvez mais dourado no sentido musical que no histórico, sendo que o primeiro embalou e deu vários problemas pro segundo via questionamento de direitos humanos).
"Mas tocar covers clássicos é fácil, Fuser!" é o que me dizem. Realmente, músicas que ficam ternizadas são as mais tocadas... causa e conseqüência... “TOCA RAÚL”... isso tudo é verdade, mas na hora da presença de palco a V. B. coloca essas “bandas tributo”no chinelo.
E já que estamos falando em palco, e voltando para 2004, a primeira vez que os ouvi foi num (só podia) bar-boteco que nem palco tinha. E nem mesa tinha no bar, porque as sextas-feiras eram tão quentes com a Vintage Box que as pessoas invadiam as ruas da esquina da Lacerda com a Basílio. De repente aquilo virou um rito, e quando eu não ia nesse bar (Aclimação Bar & Chopperia) às sextas era porque eles não iam tocar lá ou porque pintava uma daquelas festas horrorshow no pombal. Mas esse tipo de festa era facilmente transferido para os sábados, e a banda tinha que dividir as atenções com outros públicos, como Campinas, Alfenas e Vinhedo.
Antes de fechar o ano o PSIU (órgão regulador da baderna sonora) fechou as portas da Vintage no Aclimação, e eu (ou melhor) e nós (porque eu tive que mostrar a sensação pros camaradas) ficamos órfãos da boa música e do bom humor. Fim de história, aquele bar nunca mais foi o mesmo (e isso não é o tipo de coisa que te impede de continuar indo no bar), e com uma certa freqüência ainda era possível ouvir um bom blues em baixo som. Cult, mas não é rock!O último gathering deles lá na Lacerda foi em 2005 (estilo Beatles no telhado, tirando a parte do telhado). Novembro. Nunca mais outra vez...
...Isso até sábado do dia 15 de abril, 2006. Não me contive, fui num bar/arqueria em Moema, onde atualmente a banda se apresenta mensalmente. Véspera de Páscoa e a ressurreição acontecendo na minha frente. Isso porque o Fabito (bateria) lembrava de mim nos tempos de Aclimação; o Siri (baixo) estava no melhor estilo Reginaldo Rossi; o César (base/vocal) fazia anos no exato dia e o Perna (vocal/solo)... ah, o Perna (solo/vocal) estava muito alcoolizado.
Foi uma noite inesquecível e um show de arregaçar que contou com o melhor do Rock internacional dos anos 60 e a MPB da década idem. É aquele negócio... presença de palco é tudo... O Perna afirmava a cada intervalo de três músicas que foi eleito o homem mais bonito do Brasil (e mostrando um medalhão que comprova o prêmio), deixando na condição de vice o lendário Sidnei Magal himself. Além disso afirma a condição de chifrudo em todo show, e leva na bagagem justificativas como: “Melhor comer doce com dez que comer merda sozinho”. Não se espera mais de quem declara seu estado civil como: "Corno apaixonado".
Depois de se abrir ao público, a banda faz uma saideira do mesmo naipe, cantando “Garçom”, e no meio de tanta seriedade na música e brincadeira na apresentação a Vintage Box eterniza mais um show. Mais um que estive presente com prazer, e pude ver a banda fazer carnaval fora de época. Fora de época 40 anos depois.
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