Revolta dos 4 Eixos - I.C.P.
Acalmem-se, ó visitantes! O mundo não está prestes a acabar. Os eixos aos quais me refiro não remetem aos blocos capital-imperialistas(tentando sempre subjugar o mundo) e muito menos aos nazi-fasci-comunistas (que em resposta ao primeiro bloco, criou suas linhas defensivas igualmente capazes de encerrar a vida terrestre). Não ousaria escrever tal assunto, uma vez que não o domino plenamente.
Os 4 eixos que digo são, geralmente, conhecidos como automóveis (e popularmente conhecidos como carros). E a revolta explicita a reação que os veículos tiveram à minha presença na sexta-feira perdida. Literalmente perdida, pois não sei como foi seu desfecho (pode-se dizer que as coisas não ficaram boas pro lado do meu fígado). Mas como ia dizendo, vi meus planos serem ruídos pela repulsa feita pelos carros (e isento aqui os respectivos donos de culpa), que não puderam me comportar, por serem demasiados pequenos para mais que cinco pessoas. Primeiramente não pude parabenizar uma amiga de que tanto gosto e pouco tenho contato (Como a política do estabelecimento é não citar nomes que não sejam vulgares, vou apenas dizer que ela é parabenizada juntamente com o outro colaborador, e mando um beijo especial para ela), numa festa que prometia re-agrupar um bom pessoal com quem tive privilégio de estudar (ou de conviver no período em que eu deveria estudar, coisa que não fiz). Novamente digo que não soube a cor da cortina que encerrou a peça, e não posso afirmar que o esperado realmente aconteceu. Um dia mais tarde descobriria que não poderia me fazer presente no churrasco organizado pelos companheiros com os quais tenho "estudado" atualmente. Os automóveis rogaram praga feia contra minha pessoa novamente.
Por fim, desisti dos motores de amigos, e apelei para um conhecido de todos os humildes, o Busão. O Busão, como notei, carregava toda a traste escória da humanidade, que em contraste interpunha uma relação nada amistosa entre gostos, preferências e classes. Se há algo realmente eclético na humanidade, esse algo é o Ônibus. Trabalhando como flaneur, e devo admitir que este é o único emprego não-pago em que aceito trabalhar, percebi que as pessoas que habitam o caro amigo ônibus (de uso caro para aqueles que desejam usufruir seus serviços) são absurdamente estranhas, e ainda assim, conhecidas o suficiente para atender pedidos compreendendo a linguagem corporal sem fazer uso da linguagem verbal (Diria um amigo meu que a Linguagem do Corpo supera a barreira da língua). Estranhas? Sim, estranhas! Bizarras! Desde os vendedores até as senhoras da antiga que não precisam pagar o passeio. Todos cheios de tiques e manias e idiotices, e aqui eu me incluo, pois escrevi grande parte deste depoimento no trajeto de volta para casa.
A conclusão à que cheguei neste filosofar social é de que o carro não aceita que eu mude minha persona moldada pelo capital, e de que o carro não precisa se adaptar a nós, e eu, juntamente com os que andam no Busão, não podemos nos adaptar ao carro sem perder nossas raízes culturais.
Se isso precisasse de nome, chamaria de Incompatibilidade Canhestra Perfeita. Perfeita? Por demás! Foda-se o carro!
Os 4 eixos que digo são, geralmente, conhecidos como automóveis (e popularmente conhecidos como carros). E a revolta explicita a reação que os veículos tiveram à minha presença na sexta-feira perdida. Literalmente perdida, pois não sei como foi seu desfecho (pode-se dizer que as coisas não ficaram boas pro lado do meu fígado). Mas como ia dizendo, vi meus planos serem ruídos pela repulsa feita pelos carros (e isento aqui os respectivos donos de culpa), que não puderam me comportar, por serem demasiados pequenos para mais que cinco pessoas. Primeiramente não pude parabenizar uma amiga de que tanto gosto e pouco tenho contato (Como a política do estabelecimento é não citar nomes que não sejam vulgares, vou apenas dizer que ela é parabenizada juntamente com o outro colaborador, e mando um beijo especial para ela), numa festa que prometia re-agrupar um bom pessoal com quem tive privilégio de estudar (ou de conviver no período em que eu deveria estudar, coisa que não fiz). Novamente digo que não soube a cor da cortina que encerrou a peça, e não posso afirmar que o esperado realmente aconteceu. Um dia mais tarde descobriria que não poderia me fazer presente no churrasco organizado pelos companheiros com os quais tenho "estudado" atualmente. Os automóveis rogaram praga feia contra minha pessoa novamente.
Por fim, desisti dos motores de amigos, e apelei para um conhecido de todos os humildes, o Busão. O Busão, como notei, carregava toda a traste escória da humanidade, que em contraste interpunha uma relação nada amistosa entre gostos, preferências e classes. Se há algo realmente eclético na humanidade, esse algo é o Ônibus. Trabalhando como flaneur, e devo admitir que este é o único emprego não-pago em que aceito trabalhar, percebi que as pessoas que habitam o caro amigo ônibus (de uso caro para aqueles que desejam usufruir seus serviços) são absurdamente estranhas, e ainda assim, conhecidas o suficiente para atender pedidos compreendendo a linguagem corporal sem fazer uso da linguagem verbal (Diria um amigo meu que a Linguagem do Corpo supera a barreira da língua). Estranhas? Sim, estranhas! Bizarras! Desde os vendedores até as senhoras da antiga que não precisam pagar o passeio. Todos cheios de tiques e manias e idiotices, e aqui eu me incluo, pois escrevi grande parte deste depoimento no trajeto de volta para casa.
A conclusão à que cheguei neste filosofar social é de que o carro não aceita que eu mude minha persona moldada pelo capital, e de que o carro não precisa se adaptar a nós, e eu, juntamente com os que andam no Busão, não podemos nos adaptar ao carro sem perder nossas raízes culturais.
Se isso precisasse de nome, chamaria de Incompatibilidade Canhestra Perfeita. Perfeita? Por demás! Foda-se o carro!
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